21 de Fevereiro de 2009
Querido João,
cheguei à conclusão que por muito que goste do campo, não consigo ficar longe de ti.
Os dias aqui começam às oito da manhã quando o galo canta a sua canção matinal. Passo o tempo no quintal a varrer o chão das folhas que caíram da laranjeira de um dia para o outro. Deves achar que é um desperdício de tempo, para ti tempo bem gasto seria a correr pela praia ou a ver um filme na televisão, sem dar conta das horas passar. Mas a mim, o ponteiro do relógio faz caretas recusando-se a avançar mais depressa, deixando-me presa neste dia, neste pesadelo interminável.
Talvez tu sintas o mesmo ou, talvez optes pelo caminho mais fácil e te esqueças que eu existo. Não te culpo, às vezes é a maneira menos dura que temos de lidar com a realidade que nos rodeia. Só gostaria de saber se…
Desculpa, estão a chamar-me.
Tenho de ir por agora.
Adeus.
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